
Uma senha fraca, uma empresa falida: o alerta da KNP para o mundo corporativo
- Renato Amorim

- 22 de jul.
- 2 min de leitura
Em julho de 2025, o Reino Unido assistiu ao colapso de uma empresa centenária por conta de um erro que parece pequeno — mas foi devastador. A KNP, gigante do setor de transportes com 158 anos de existência, foi vítima de um ataque do tipo ransomware. O acesso indevido veio por uma simples senha fraca, e o resultado: 700 demissões e o fim de uma história empresarial sólida.
🚨 O ataque e suas consequências
A quadrilha conhecida como Akira invadiu os sistemas da KNP, bloqueou o acesso aos dados e exigiu um resgate estimado em £5 milhões (cerca de R$ 37 milhões). Sem conseguir pagar, a empresa perdeu toda sua base de informação, o que a forçou a fechar as portas.
Mesmo com seguro cibernético e conformidade com padrões de TI, a empresa não estava preparada para lidar com um ataque tão agressivo — e tão simples, em sua origem.
📊 O cenário alarmante dos ciberataques
A KNP não está sozinha. Somente no último ano, mais de 19 mil empresas do Reino Unido enfrentaram ransomware. E gigantes como M&S, Harrods e Co-op também foram atacadas, sendo que esta última viu os dados de seus 6,5 milhões de clientes expostos.
O impacto financeiro é expressivo: o valor médio de resgate no país gira em torno de £4 milhões. E cerca de um terço das empresas paga sem denunciar, o que alimenta ainda mais esse tipo de crime organizado digital.
🔎 Como isso acontece?
Os hackers não dependem apenas de habilidades técnicas: usam engenharia social, manipulação psicológica e até ligações para suporte técnico para invadir sistemas. São cada vez mais jovens, alguns com histórico em jogos online, agora migrando para práticas criminosas por perceberem o potencial lucrativo.
🧩 O elo mais fraco é humano
O que derrubou a KNP não foi uma falha complexa, mas uma senha fácil de adivinhar. Isso mostra que, por mais sofisticado que seja o sistema, a segurança começa pelas pessoas.
📌 Lições para empresas e empreendedores
• Senhas fortes e atualizadas devem ser regra.
• Autenticação em dois fatores é essencial.
• Treinamentos de conscientização para equipes podem prevenir invasões.
• Políticas claras de segurança digital ajudam a blindar o negócio.
Empresas devem pensar na segurança como pensam na saúde financeira ou estrutura jurídica. Como disse Paul Abbott, ex-diretor da KNP: “Precisamos de uma vistoria veicular cibernética — um controle que garanta resiliência contra atividades criminosas.”



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